25 de out. de 2025
Introdução
Toronto não é apenas onde eu moro — é parte de quem eu sou. Depois de mais de 15 anos explorando cada cantinho, aprendi que descobrir o que fazer em Toronto pode ser avassalador: são mais de 200 culturas e 160 idiomas, com mais opções do que cabem em uma viagem. E com a Copa do Mundo FIFA 2026 trazendo seis partidas para a cidade (incluindo a estreia do Canadá em 12 de junho), as filas longas e os horários esgotados vão ficar ainda mais intensos. Já vi visitantes desperdiçarem horas preciosas focando nos principais pontos turísticos na hora errada, transformando um dia de descobertas em frustração.
Minha solução: pense como um local, planeje com inteligência e combine seu tempo e seus interesses com as experiências certas. Neste guia, vou mostrar como priorizar os ícones (CN Tower, St. Lawrence Market, ROM), escolher o melhor horário para ter as melhores vistas, aproveitar passes de atrações como o Toronto CityPASS e ainda incluir favoritos que os moradores adoram. Resultado: menos multidões, mais aproveitamento, memórias inesquecíveis e uma viagem que realmente tem a cara de Toronto.
Em Ontário, há um imposto de 13% cobrado em cima dos preços (restaurantes, eletrônicos, roupas, e serviços). Todos os valores que aparecem neste artigo ainda não têm o imposto incluso.
Os preços neste artigo estão em dólares canadenses (CAD), a menos que seja indicado o contrário.
1. CN Tower

Cartão-postal e verdadeiro ponto de orientação da cidade, a CN Tower é uma daquelas atrações raras que impressionam tanto quem chega pela primeira vez quanto quem já mora aqui.
Mesmo depois de incontáveis passeios guiando turistas, a CN Tower, um dos grandes feitos de engenharia do mundo moderno, ainda me dá arrepios no exato momento em que piso no chão de vidro.
Com 553,3 metros de altura e cerca de dois milhões de visitantes por ano, a CN Tower reinou por 32 anos como a estrutura livre mais alta do mundo e continua sendo a torre mais alta do Hemisfério Ocidental. Ela é mais do que um símbolo em cada cartão-postal — é a bússola de Toronto. Olhe para cima e você sempre saberá onde fica o centro.
Como Evitar as Filas
Quer espaço para se movimentar e fazer fotos bem 'Instagramáveis'? Priorize as manhãs de dias de semana antes das 11h ou as noites após as 19h. Esses são as janelas ideais — as multidões aumentam do almoço até o fim da tarde. Se puder, esses horários rendem filas menores e fotos melhores.
Checar o Tempo Antes de Comprar
Confira a previsão do tempo antes de comprar o ingresso e, de bônus, a webcam ao vivo no site oficial da CN Tower. Regra prática: se você não enxerga o topo da torre do chão, não verá o chão do topo. Se comprar com antecedência e a visibilidade estiver baixa, é possível remarcar em até 30 dias após a data original.
Por Que Você Deve Comprar Ingressos da CN Tower Online
Ao comprar online, você economiza dinheiro e ainda garante seu horário de entrada — sem risco de esgotar na bilheteria.
Os preços dos ingressos (com horário marcado) são os seguintes:
Adulto (14 a 64 anos): $45 antecipado online, ou $47 no mesmo dia.
Sênior (65+): $32 antecipado, $34 no mesmo dia.
Jovem (6 a 13 anos): $32 antecipado, $34 no mesmo dia.
Criança (3 a 5 anos): $16 antecipado, $18 no mesmo dia.
Até 2 anos: entrada gratuita.
Se quiser evitar totalmente as filas, existe também o Priority Ticket, que oferece acesso prioritário (fura-fila). Ele custa $75 para adultos, $55 para sêniores e $35 para crianças.
Todos os ingressos da CN Tower agora são com horário marcado — válidos a partir do horário e data específicos até o fim do dia. Eles dão acesso ao Nível Principal de Observação e ao Nível Inferior de Observação, e você pode ficar o tempo que quiser.
Dicas Para Economizar na CN Tower
Uma boa forma de economizar é fazer uma refeição no 360 Restaurant, o restaurante giratório da torre. Para comer lá, é preciso gastar o mínimo de $75 por adulto (ou $40 por criança). Esse consumo inclui a subida de elevador até o restaurante e acesso gratuito ao Nível Principal e Inferior de Observação — sem precisar de ingresso adicional. Apesar do valor ser maior que o do ingresso, você já faz uma refeição enquanto curte a vista — um dinheiro que gastaria de qualquer forma.
Se for ao 360, use a fila dedicada do elevador do restaurante — minha espera mais longa foi de cinco minutos, mesmo em um sábado de julho.
O Elevador com Painéis de Vidro
Se você estiver com sorte, poderá entrar no elevador com piso de vidro — apenas três têm painéis no piso — e ver a rua “encolher” em 58 segundos, a 22 km/h! Você vai “voar” até 346 metros. Se tiver medo de altura, é melhor fechar os olhos!
O Piso de Vidro — Nível Principal de Observação
No Nível Principal de Observação, você encontrará o famoso piso de vidro. Nunca vou esquecer a primeira vez que levei meus sobrinhos: eles correram e começaram a pular, enquanto minha cunhada precisou de coragem centímetro por centímetro. É totalmente seguro — aguenta o peso de 35 alces! — mas olhar 113 andares para baixo dá um friozinho na barriga.
O grande trunfo da CN Tower são as vistas de até 160 quilômetros, às vezes alcançando até as Cataratas do Niágara.
Pôr Do Sol Mágico
Se preferir ir à noite, siga a regra de ouro: chegue uma hora antes do pôr do sol.
Você basicamente ganha três experiências com um ingresso só — Toronto de dia, a golden hour e a cidade acendendo à noite.
Uma Experiência Gastronômica Que Literalmente Dá a Volta Completa
Reserve uma mesa no 360 Restaurant — é meu jeito favorito de aproveitar a torre. O restaurante gira lentamente, completando um círculo a cada 72 minutos, permitindo ver todo o panorama sem sair do lugar. A comida supera o padrão típico de atrações turísticas — embora você pague pela vista.
Para sentar na janela, reserve com antecedência e avise sua preferência. No verão ou feriados, reserve com pelo menos duas semanas de antecedência.
Posso Levar Lanche?
Se decidir pular o restaurante, a CN Tower permite levar lanches e bebidas não alcoólicas. Ótima ideia para famílias com crianças que querem fazer uma pausa rápida. Há também uma lanchonete no deck de observação para opções rápidas.
EdgeWalk: O Passeio Feito Sob Medida para Amantes da Adrenalina
Para os verdadeiros amantes de adrenalina, a EdgeWalk é a caminhada externa livre mais alta do mundo. Você sai para uma passarela de 1,5 metro de largura a 116 andares de altura — e literalmente se inclina para fora da torre.
O custo começa em $199, incluindo vídeo, fotos impressas, certificado de conquista e reingresso à CN Tower com acesso ao SkyPod, Movie e Motion Theatre Ride.
É o tipo de experiência que rende história por muito tempo!
Um Desafio Para a Galera Fitness
Imagine disputar com amigos a subida de 1.776 degraus dentro do arranha-céu mais icônico de Toronto — e depois contar vantagem tomando caipirinhas no Brasil. Duas vezes por ano, a torre sedia uma prova de escadas beneficente, aberta para maiores de 13 anos e visitantes estrangeiros.
As subidas ocorrem geralmente em abril e outubro/novembro. É um treino puxado, por uma boa causa, e uma história lendária para responder: “O que você fez em Toronto?”
Endereço: 290 Bremner Blvd, Toronto.
Horário de funcionamento: Das 10h às 23h (última entrada às 21h00).
Ingressos: $45 (adultos), $32 (maiores de 65 anos ou jovens entre 6 e 13 anos) e $16 para crianças (3-5).
2. Casa Loma

O castelo de conto de fadas de Toronto, a Casa Loma, combina grandiosidade, história e romance — com torres, passagens secretas e jardins exuberantes.
Quando descobri a Casa Loma com a minha irmã, há 15 anos, nunca imaginei que se tornaria um dos meus lugares preferidos para apresentar como guia local.
Este castelo da era eduardiana foi construído em 1914 pelo magnata dos negócios Sir Henry Pellatt como um presente para sua esposa, Mary — 300 operários levaram quase três anos e US$ 3,5 milhões para concluí-lo (mais de US$ 100 milhões em valores atuais, quando ajustado pela inflação).
Ele idealizou um castelo em estilo europeu, com passagens secretas (que você poderá explorar!), torres, estábulos e mobiliário luxuoso.
Lady Mary era profundamente envolvida em causas sociais e em receber convidados, então o projeto grandioso também servia como palco para eventos da alta sociedade de Toronto.
Infelizmente, os Pellatt viveram lá por menos de 10 anos antes de dificuldades financeiras os obrigarem a partir. Hoje, é uma das principais atrações de Toronto.
Planeje Cerca de 2 Horas
O castelo é bem grande, e você vai querer tempo para passear sem pressa. Se você é como eu e ama fotografia, pode facilmente passar mais de 2 horas.
Vá Cedo Para Evitar as Multidões
A Casa Loma abre às 9:30; eu procuro chegar na abertura, especialmente no verão. No fim da manhã começam a chegar os ônibus de excursão. As manhãs dos dias de semana são as mais tranquilas.
Se não der para ir de manhã, o fim de tarde por volta de 15–16h também tende a ser mais calmo (observe que a última entrada é às 16:30 e as torres fecham pouco depois).
Chegando cedo, o castelo é quase só seu — acredite, ter o jardim ou a biblioteca quase só para você vale a pena.
Ingressos – Casa Loma
A entrada custa $40 para adultos, $35 (maiores de 65 anos ou jovens entre 14 e 17) e $25 para crianças (4–13), com entrada gratuita para crianças até 3 anos.
Em períodos de pico — fins de semana de verão e feriados — eu prefiro comprar os ingressos online com antecedência, mesmo com a taxa de serviço de $7.
Em dias úteis mais tranquilos, você pode comprar no próprio castelo e evitar a taxa.
Dicas & Conselhos Práticos – Casa Loma
Use o Guia em Áudio Gratuito (no App) — e Leve Fones de Ouvido
A Casa Loma é uma visita autoguiada, o que eu adoro porque você define o seu ritmo. O audioguia é um app gratuito para smartphone, ou você pode alugar um aparelho na entrada se preferir.
Observação: o áudio está disponível em cerca de oito idiomas, mas português ainda não.
Se você não se sentir à vontade com o áudio em inglês, a versão em espanhol pode ser a segunda melhor opção.
E, se preferir ler, pegue o folheto/mapa na entrada — ele traz um bom panorama em inglês.
Comece pelo Filme para Ter Contexto
Antes de começar a explorar o castelo, desça ao teatro no subsolo para assistir ao filme de 22 minutos sobre a história da Casa Loma.
Ele é exibido continuamente, então você nunca está a mais de alguns minutos da próxima sessão.
Dá uma boa introdução que enriquece o restante do passeio.
Atenção à Subida da Torre
A torre é em fila única para subir e descer, o que deixa o espaço apertado.
A escada em caracol para a torre mais alta é bem estreita.
Se você tem claustrofobia ou está com crianças pequenas, talvez seja melhor pular a torre ou ir em horários de menor movimento.
Se subir, será recebido por uma vista panorâmica de Toronto.
Famílias: Evite Carrinho, se Possível
A Casa Loma é “family-friendly”, mas circular com carrinho pode ser complicado.
Há muitas escadas e portas estreitas, e algumas áreas (como as torres e o túnel subterrâneo) não são acessíveis com carrinho.
Sugiro usar um canguru ergonômico ou manter o carrinho dobrado até realmente precisar.
Você também pode deixar o carrinho no guarda-volumes.
Restaurante
Há uma lanchonete no subsolo para um lanche rápido ou café se você precisar de uma pausa.
A Terrace Grill (no terraço) abre no verão com lanches leves e bebidas, com vista linda do jardim.
Lembre-se: não é permitido entrar com comida de fora.
Casa Loma e as Quatro Estações
Posso dizer com sinceridade que cada estação oferece algo especial na Casa Loma.
Verão — o castelo ganha vida. As noites ganham clima especial, com eventos e concertos de música clássica que ecoam pelo Glass Pavilion.
Uma vez por semana, o castelo organiza o evento Symphony in the Gardens, unindo cultura às cores do entardecer.
Primavera / Outono — muitos locais (incluindo eu) preferem ir na primavera ou no outono, quando o clima está ameno e os jardins, com quase 2 hectares, ficam no auge da floração ou do colorido outonal.
No Halloween, eles também fazem um evento arrepiador, e durante o ano todo, você pode brincar de Escape Room nas torres do castelo.
Inverno — é baixa temporada, mas o castelo fica lindamente decorado para as festas.
Em dezembro, a Casa Loma promove o Christmas at the Castle, com luzes cintilantes e decoração mágica que deixam os salões ainda mais encantadores (as crianças adoram a árvore gigante no Great Hall).
Endereço: 1 Austin Terrace, Toronto.
Horário de funcionamento: Das 9h30 às 17h (última entrada às 16h30).
Ingressos: $40 (adultos), $35 (maiores de 65 anos ou jovens entre 14 e 17 anos) e $25 para crianças (4–13), com entrada gratuita para crianças de até 3 anos.
3. Ripley’s Aquarium of Canada

Aos pés da CN Tower, o Ripley’s Aquarium mergulha você num mundo subaquático — de águas-vivas reluzentes a tubarões deslizando sobre a sua cabeça no túnel de observação mais longo da América do Norte.
O Ripley’s fica na base da CN Tower e é o maior aquário indoor do Canadá. Essa atração gigante abriga cerca de 20.000 criaturas marinhas e de água doce de todo o mundo. O aquário contém 5,7 milhões de litros de água e 450 espécies! Ele também ostenta o túnel subaquático de observação mais longo da América do Norte — 97 metros de percurso por um habitat repleto de tubarões.
O Ripley’s foi pensado como uma jornada imersiva por ambientes aquáticos que unem aprendizado e encantamento. Você segue um único caminho em zigue-zague, que garante ver tudo sem se perder. O destaque é o Dangerous Lagoon: uma esteira rolante leva você por um túnel transparente enquanto tubarões, raias e um enorme peixe-serra nadam ao seu redor e acima de você. O preferido do meu sobrinho é a Planet Jellies — uma sala escura onde águas-vivas luminosas flutuam em tanques do chão ao teto. É estranhamente relaxante.
Melhores Horários para Visitar o Aquário
No Ripley’s, timing é tudo. Os horários mais cheios, quando a muvuca de turistas e famílias atinge o pico, são 11h–14h nos dias de semana e 10h–16h nos fins de semana de verão. Se você for nesses intervalos, se prepare para ver muitos carrinhos de bebê e muita criançada (principalmente em feriados escolares). Para uma experiência mais tranquila, eu prefiro ir bem cedo ou à noite. A própria equipe do Ripley’s recomenda chegar antes das 10h ou depois das 16h para uma visita bem mais calma.
Melhor ainda: considere ir à noite. O aquário costuma ficar aberto até tarde nos meses de verão (geralmente até 23h, dependendo do dia) — horário que tem menos filas e com bem menos gente. (Confira o calendário: às vezes, eventos especiais nas noites de sexta/sábado trazem um público extra.)
E se você for no primeiro domingo do mês, pode coincidir com o Sensory Friendly Morning — quando o aquário reduz a iluminação e desliga a música para quem prefere um ambiente com menos estímulos. Só observe que, nesse período, não há trilha sonora ambiente.
Compre Ingressos Online com Antecedência
Eu geralmente compro ingressos com horário marcado pelo site do aquário para pular a fila da bilheteria. Isso garante sua janela de entrada e evita estresse, especialmente nos fins de semana. Os ingressos custam $41 para adultos, $25 para idosos (65+) e jovens (de 6 a 13 anos), e $8,50 para crianças (de 3 a 5 anos).
Bônus — “Sharks After Dark”: ingressos com desconto para entrada após 17h (cerca de $5 a menos que o preço regular).
💡 Pro Tip: Na primavera, outono e inverno, combine o “Sharks After Dark” com a CN Tower à noite. Chegue à CN Tower cerca de 1 hora antes do pôr do sol para aproveitar a hora dourada e, depois do jantar, desça para o aquário. O “Sharks After Dark” funciona das 17h às 21h, com última entrada até 20h. O clima tende a ser bem mais tranquilo que durante o dia.
Dicas Práticas
Saiba o que Esperar com Crianças
O aquário aceita carrinho de bebê e tem banheiros familiares (com trocadores) — salvou minha vida quando fui com meu sobrinho de dois anos. Se os pequenos ficarem inquietos, lembre-se da área de recreação no meio do percurso — é um bom lugar para uma pausa no meio da visita. Leve garrafinha de água e um lanchinho para eles comerem nessa área (comida de fora não é oficialmente permitida, mas um lanche discreto para crianças costuma passar).
Vá No Seu Ritmo
O trajeto completo leva cerca de 2–3 horas para ver com calma. Não há reentrada, então aproveite sem pressa.
Para Quem é o Ripley’s?
Se você já visitou outros aquários grandes, o Ripley’s não vai reinventar a roda. Mas é imperdível para quem viaja com crianças ou para fãs do mundo marinho. Nesses casos, as exibições divertidas e educativas e o contato bem de perto se encaixam perfeitamente no roteiro.
Segredos Locais – Pós Passeio
A maioria dos turistas não explora os arredores — e é uma pena, porque há achados logo ao lado. Meu preferido é o Roundhouse Park, um parque ferroviário histórico atrás do aquário. Faz parte do Toronto Railway Museum e é gratuito. Dá para chegar pertinho de locomotivas antigas e de uma plataforma giratória restaurada que crianças (e entusiastas de trens) amam. No verão, há até um trenzinho a vapor em miniatura que percorre um circuito de 500 metros — um bônus divertido para famílias.
O Roundhouse Park também abriga a Steam Whistle Brewery, uma cervejaria artesanal dentro do antigo galpão de tijolos. Precisa de um gole gelado depois do aquário? Eles oferecem a pilsner da casa e um biergarten ao ar livre. Muita gente nem percebe que dá para entrar sem cerimônia — é literalmente a dois minutos a pé da saída do Ripley’s. Nos fins de semana, o pátio às vezes tem DJ ou música ao vivo, criando um clima animado. Sentar com um pint vendo a CN Tower é um ótimo brinde ao seu dia em Toronto. E, se a criançada ainda tiver energia, o espaço aberto permite que corram enquanto os pais recarregam as baterias. Win-win!
Endereço: 288 Bremner Boulevard, Toronto.
Horário de funcionamento: Das 9h às 21h (aberto até 23h durante o verão). Sujeito a alterações — confira antes de visitar.
Ingressos: $41 (adultos), $25 (idosos 65+ e jovens de 6 a 13 anos) e $8,50 (crianças de 3 a 5 anos), com entrada gratuita para crianças de até 2 anos.
4. Royal Ontario Museum (ROM)

O museu mais visitado do Canadá, o ROM é onde arte, história e natureza se encontram — de fósseis de dinossauros a múmias egípcias e culturas do mundo.
Sempre incluo o Royal Ontario Museum (ROM) nos meus roteiros autênticos por Toronto porque é o lugar ideal para explorar arte, cultura e natureza sob o mesmo teto. É o museu mais visitado do país, com mais de 18 milhões de artefatos e espécimes (embora a visita cubra apenas parte do acervo). Com galerias em vários andares — dos dinossauros às múmias do Egito — o ROM realmente tem algo para todo mundo: crianças e adultos, apaixonados por arte ou por ciência.
O ROM se espalha por quatro andares principais, cada um com sua “personalidade” e tesouros. São mais de 40 galerias no total, e a sensação é de viajar no tempo por história natural e culturas do mundo dentro de um único prédio. Não é preciso ver tudo para aproveitar — escolha os temas que acendem sua curiosidade e deixe o museu te conduzir de um encanto ao próximo. A variedade é grande o suficiente para fisgar qualquer visitante (os dinossauros e a caverna interativa de morcegos costumam ser os queridinhos das crianças!).
Melhores horários para visitar o ROM
Dê preferência aos dias de semana, especialmente por volta das 10h. Às 14h, muitas excursões escolares já foram embora. Às sextas, o museu fica aberto até 20h30, criando um clima surpreendentemente tranquilo depois das 18h. Se puder, evite fins de semana e dias chuvosos — a procura aumenta (todo mundo corre para ambientes fechados), mas o espaço do museu ajuda a diluir as pessoas; só tende a lotar perto de megaexposições.
Dica de orçamento: na terceira terça-feira de cada mês, o ROM tem entrada gratuita das 17h30 às 20h30. É um ótimo negócio se você não se importar com o movimento extra típico de noites grátis. Em qualquer época do ano, o ROM é uma atração “quatro estações” — com ar-condicionado no verão e aquecimento no inverno — sempre confortável.
Dicas para famílias
Indo com crianças? O ROM é uma ótima pedida para os pequenos — há até uma Discovery Zone inteira, no segundo andar, 100% planejada para tocar e brincar. Leve carrinho se estiver com criança de colo, pois a caminhada é longa.
Compre ingressos do ROM online com antecedência
Comprar online ajuda a economizar tempo e dinheiro — os valores antecipados (pelo menos 1 dia antes) são melhores do que no balcão. Adultos pagam $18.50, idosos (65+) $21, e menores de 3 anos entram de graça.
Conselhos práticos para melhorar sua visita ao ROM
O ROM é grande, então reserve 2 a 3 horas para explorar com calma — menos que isso pode deixar a visita corrida. Pegue um mapa na entrada e marque seus “imperdíveis.” Caso esteja com pouco tempo, concentre-se em duas ou três seções.
Aproveite os tours guiados gratuitos oferecidos por voluntários. Eles duram 45 minutos, estão incluídos no ingresso e são oferecidos em horários fixos — tipicamente ao meio-dia (12h00), 13h00 e 14h00. Note que os horários exatos podem variar e que o museu fecha em algumas segundas-feiras.
Baixe o app ROM Mobile Tours para explorar conteúdos multimídia, incluindo áudios, imagens e curiosidades que enriquecem a visita.
Use calçados confortáveis — o museu é amplo e envolve bastante caminhada.
O guarda-volumes é gratuito — aproveite.
Considere visitar o ROM After Dark, evento exclusivo para maiores de 19 anos, que transforma o museu em uma experiência noturna com DJ sets, música ao vivo, comes e bebes, performances e atividades temáticas.
Para quem é o ROM?
Eu amo museus, mas sei que nem todo mundo curte história — muito menos tem paixão por ela. Por isso, me sinto na obrigação de dizer: se você não tem tanto interesse em exposições, se seu tempo em Toronto é curto e você não está com crianças, reconsidere se o ROM deve entrar no seu roteiro.
Agora, se existe qualquer curiosidade por culturas do mundo ou história natural, vale a pena. Não é tão gigantesco quanto os “mega” museus de Nova York ou Londres, mas é amplo o suficiente e cheio de maravilhas para preencher uma manhã ou uma tarde com prazer.
Endereço: 100 Queen’s Park, Toronto.
Horário de funcionamento: De terça a domingo, das 10h às 17h30. Fechado às segundas-feiras. Aberto durante feriados oficiais, com possíveis variações em datas especiais — confira o site oficial antes de visitar.
Ingressos: $23 (adultos), $19,50 (idosos 65+), e $14,50 (crianças de 4 a 14 anos), com entrada gratuita para crianças de até 3 anos.
5. Zoológico de Toronto

Um dos maiores zoológicos do mundo, o Toronto Zoo ocupa 710 acres (2,87 km²) — uma aventura de um dia inteiro em que você encontra mais de 3.000 animais distribuídos em sete áreas temáticas.
Moro na cidade há tempo suficiente para entender por que o Toronto Zoo figura com frequência nas listas do que fazer em Toronto. Este lugar não é apenas grande — é gigantesco. Por área, ele está entre os maiores zoológicos do mundo (top 10) e é o maior do Canadá. Isso significa muito chão para percorrer, com centenas de espécies em habitats variados.
Planeje seu percurso no Toronto Zoo
Assim que entro no zoológico, sempre traço a rota. São sete zonas geográficas (África, Indo-Malásia, Américas, Tundra Trek, Australásia, Eurásia e o Canadian Domain), com mais de 3.000 animais que representam mais de 300 espécies. Costumo começar pela Savana africana pela manhã, quando leões e girafas estão mais ativos. Para um toque bem canadense, a área do Canadian Domain reúne alce, bisão, ursos e outras espécies nativas em um vale tranquilo — muita gente passa batido, mas eu acho imperdível.
Além das zonas, há também experiências interativas. O Discovery Zone faz sucesso com as crianças — tem um parque aquático de cerca de 2 acres e área de brincadeiras com água, perfeito no verão. O espaço também abriga o Kids Zoo, parte do Discovery Zone, com uma variedade de animais que as crianças podem tocar e interagir, tornando o local uma experiência divertida e educativa.
Dica: leve o maiô das crianças para elas se refrescarem no Splash Island (incluído no ingresso).
Se quiser um pouco de adrenalina, experimente a tirolesa TundraAir (taxa extra) — você “voa” acima do habitat da Tundra a 48 km/h. E quando meus pés pedem trégua, pego o Zoomobile, um trenzinho que circula o parque e para em cada zona. Dá para ir a trechos mais distantes, como o Canadian Domain, sem fazer a caminhada inteira (o passe para o dia todo custa cerca de CA$ 10 por pessoa; gratuito para crianças bem pequenas). O vento no rosto deixa o passeio mais leve — e você não precisa encarar os aproximadamente 10 km de trilhas a pé.
Reserve um dia inteiro
Além de ficar bem afastado do centro da cidade, o Toronto Zoo não é uma visita rápida — é um programa para o dia todo. Planeje ficar 6 horas ou mais, ou ao menos boa parte do dia. Quando amigos de fora me perguntam, sempre reforço dedicar um dia inteiro para não fazer tudo correndo. Com crianças ou idosos, considere o ritmo: há bastante caminhada (lembre dos ~10 km de trilhas!). Se for com crianças pequenas, leve um carrinho (você pode levar o seu ou alugar na entrada). Para quem tem mobilidade reduzida, o zoológico oferece cadeiras de rodas (gratuitas) e scooters elétricas para aluguel.
Melhores horários para visitar o Toronto Zoo
Aprendi a chegar na abertura (9h30) em dias de semana durante o período letivo. As áreas mais populares ficam bem mais vazias, e os animais estão mais ativos nas alimentações da manhã. Evite fins de semana em julho e agosto — é alta temporada, e o estacionamento costuma lotar até o meio-dia. Perto do almoço, chegam grupos e famílias, então começar cedo ajuda a ver tudo com mais tranquilidade.
Ingressos Toronto Zoo
Os valores variam conforme a temporada e até o dia da semana (o zoológico usa preços dinâmicos), mas espere algo em torno de $30 para adultos e $20 para crianças em um dia típico. Crianças de até 2 anos não pagam — ótimo para famílias. Como o zoológico é um destino muito popular, vale a pena comprar os ingressos online com antecedência. Além de garantir sua entrada sem surpresas, o valor costuma ser menor.
Dicas práticas para aproveitar melhor o dia
Uma coisa que nós, locais, sabemos: planeje conforto e pausas ao longo do dia. O tamanho do parque surpreende quem vai pela primeira vez. Eu gosto de usar um tênis confortável e recomendo o mesmo (seus pés vão agradecer no fim da tarde!).
Aproveite os pavilhões internos não só pelos animais, mas por você: entrar no Polar Bear Palace (habitat dos ursos-polares) com ar-condicionado ou no African Rainforest Pavilion é uma boa para recarregar quando o sol aperta.
Jóia para os pais: o African Pavilion tem uma sala de amamentação climatizada, com poltronas de balanço e trocadores. Quando minha irmã veio com um recém-nascido, esse cantinho na área da África salvou a nossa visita.
Leve um piquenique: embora haja lanchonetes e quiosques, a maioria serve hambúrguer, pizza e batata-frita — menos saudável (e um pouco caro). Existem ótimas áreas para piquenique (experimente as da Savana, onde às vezes pavões passeiam por perto). Se optar por comer no parque, saiba que as filas no almoço ficam longas; almoçar cedo ou tarde ajuda a evitar espera. E leve garrafa de água: há bebedouros e pontos de reabastecimento, então dá para se hidratar sem comprar garrafas.
Antes de ir, confira a previsão e vista-se de acordo. O verão em Toronto é quente e úmido — protetor solar, boné e roupas leves são indispensáveis. No frio, vá em camadas — o zoológico é aberto e o vento pode gelar.
Baixe o app do zoológico antes de chegar; ele traz horários em tempo real de alimentação e keeper talks.
Mais uma: fique de olho no relógio para o que você mais quer ver. Na última hora, alguns animais já se recolhem e certos pavilhões começam a fechar; não deixe seu favorito para o finalzinho.
Como chegar no zoo
O zoológico fica no leste de Toronto (Scarborough), a cerca de 35 km do centro. De carro, é fácil via a Rodovia 401 — saiba que o estacionamento custa $20 por veículo (tarifa única; não há outros estacionamentos por perto). Há bastante vaga, mas, em fins de semana de verão, pode lotar no fim da manhã; chegar cedo ajuda.
Sem carro? Dá para ir de transporte público — calcule cerca de 1 hora a partir do centro. Se preferir Uber (UberX), saindo do centro leva de 50 min a 1h15, por algo entre $45 e $65 (preço regular).
Para quem é o Toronto Zoo?
Se você já visitou outros zoológicos de porte mundial, pode se perguntar se vale incluí-lo no roteiro. Falando com franqueza, se você não curte vida selvagem, tem pouco tempo em Toronto e não está com crianças, talvez prefira outras atrações. Mas, se ama animais e/ou está com filhos, o Toronto Zoo é uma adição segura ao seu roteiro — oferece uma experiência ampla e autêntica, do tipo que “zera a bateria” dos pequenos e rende memórias lindas.
Endereço: 2000 Meadowvale Road, Toronto.
Horário de funcionamento: Todos os dias, das 9h30 às 16h30 (horários podem variar conforme a estação — verifique o site oficial antes de visitar). Última entrada: 1 hora antes do fechamento (15h30).
Ingressos: Os valores variam conforme a temporada e até o dia da semana (o zoológico usa preços dinâmicos), mas espere algo em torno de $30 (adultos) e $20 (crianças). Entrada gratuita para crianças de até 2 anos.
6. City Cruises Toronto

Um passeio de 60 minutos pela orla, o City Cruises mostra o skyline de Toronto visto da água — CN Tower, ilhas e a cidade inteira em um único panorama.
Este tour de 60 minutos revela Toronto de um ângulo totalmente novo — perfeito para fotógrafos, apaixonados por história (da evolução de um assentamento colonial modesto a uma metrópole de classe mundial) e para quem curte sentir a brisa do lago. Famílias adoram porque é prático e amigável: nada de longas caminhadas nem filas; é só sentar e deixar as crianças se maravilharem com a paisagem. Viajantes solo e casais também aproveitam o clima descontraído — dá para trocar ideia com outros viajantes ou simplesmente apreciar a vista. Um guia a bordo faz a narração ao vivo com histórias reais sobre a cultura e a história de Toronto, dando até aos moradores um novo olhar sobre a cidade.
É um passeio que agrada a todo mundo — com filhos, amigos ou explorando por conta própria.
No City Cruises, eu subo direto para o convés superior ao ar livre para garantir um lugar. De lá, você tem vistas de 360° desobstruídas do skyline — a CN Tower, o Rogers Centre e a floresta de arranha-céus do centro, enquanto navegamos pelas Ilhas de Toronto ao fundo, com muito verde. Eu adoro como o passeio combina paisagem urbana e natureza, mostrando a silhueta moderna de Toronto contra a tranquilidade do lago.
E, se quiser outra pegada, a City Cruises também oferece cruzeiros especiais de jantar, brunch e coquetéis em outros barcos — mas, para a primeira vez, o tour panorâmico direto ao ponto é a introdução perfeita.
Melhores horários para curtir a orla de barco
O horário faz bastante diferença. No verão, o começo da tarde (12h–15h) costuma ser o pico — com mais gente e um clima animado. Eu prefiro o fim de tarde ou comecinho da noite, quando possível.
Uma vez peguei a saída das 19h e foi ideal: ainda quente, menos cheio e com o início de um pôr do sol dourado sobre o skyline.
Para uma experiência mais tranquila, um passeio matinal em dia de semana é a melhor aposta — você foge do movimento de fim de semana.
Ah, e lembre que esses passeios panorâmicos operam de maio a outubro (meses mais quentes). Fora desse período, o Lago Ontário costuma estar frio demais para ser confortável.
Na primavera e no outono, a experiência é ótima: clima ameno, menos gente e, com sorte, cores de outono ou flores de primavera nas ilhas.
Compre ingressos do City Cruises online com antecedência
Garanta seu lugar com reserva antecipada e chegue cedo — decidir na hora dificilmente funciona, especialmente no verão, pois os horários esgotam rápido.
Se você tiver o Toronto CityPASS, este passeio está incluído (na próxima seção, eu explico como funciona o CityPASS), mas ainda assim é preciso agendar o horário.
Eu costumo chegar ao cais 20 minutos antes da partida para fazer o check-in e garantir um bom lugar.
Dicas práticas para o City Cruises
Vista-se para o clima: no Lago Ontário venta, mesmo quando a temperatura está quente. Eu sugiro levar um casaco leve ou moletom — dá para alternar entre o convés superior aberto e a cabine interna confortável.
Não esqueça o protetor solar e os óculos de sol em dias claros, já que você fica exposto no deck.
Se houver chance de chuva, confira a previsão; o passeio acontece com sol ou chuva, mas talvez você prefira um guarda-chuva ou ficar no nível coberto.
Narração ao vivo em inglês: a explicação é somente em inglês (guia a bordo). Quem não fala inglês pode perder parte dos comentários — mas, honestamente, as paisagens por si só já valem o passeio.
Endereço: 207 Queen’s Quay West, Toronto.
Embarque: O embarque ocorre no Queen’s Quay Terminal.
Temporada: Alta temporada de maio a outubro.
Dias de operação: Diariamente durante a alta temporada.
Horários típicos de saída: 12h30, 14h, 15h30 e 17h.
Observação: Os horários podem variar conforme as condições climáticas. Confira o site para obter os horários exatos na data desejada.
7. Toronto CityPASS

Se você pretende visitar várias atrações em Toronto, o Toronto CityPASS é a forma mais fácil de economizar — ele agrupa as principais experiências da cidade por quase metade do preço.
Eu sempre recomendo o Toronto CityPASS. É um pacote de ingressos que cobre exatamente as atrações que acabamos de explorar acima — incluindo duas das mais icônicas da cidade, o CN Tower e o Ripley’s Aquarium of Canada (essas duas atrações são fixas) — e ainda permite escolher 3 de outras 4 experiências:
• Royal Ontario Museum (ROM)
• City Cruises Toronto
• Casa Loma
• Toronto Zoo
Ou seja, você aproveita 5 atrações no total, personalizando o roteiro conforme o seu interesse.
Se comprasse esses ingressos separadamente, você gastaria cerca de $213. Já o Toronto CityPASS custa $129,96, o que representa uma economia de aproximadamente $83 (38% de desconto). (Há valores reduzidos para crianças e idosos.)
Além da economia, o passe oferece conveniência real. Você não precisa gerenciar vários ingressos nem correr o risco de encontrar datas esgotadas. Comprando online, você evita as bilheterias em cada atração — muitas vezes basta mostrar o QR code no celular na entrada (Observação: não substitui as filas de segurança ou dos elevadores). Ainda assim, pular a compra presencial poupa muito tempo nos períodos de maior movimento.
O passe é válido por 9 dias consecutivos a partir do primeiro uso, dando tempo de sobra para distribuir as visitas. Você também não precisa decidir com antecedência quais atrações vai escolher — dá para definir com calma se prefere ver fósseis de dinossauros no ROM ou passar o dia com os animais no Zoo.
Limitações a considerar
Somente ingresso geral: experiências “premium” e adicionais são cobradas à parte.
Poucas atrações no roteiro? Se você pretende visitar só 1 ou 2 atrações, o passe não compensa — nesse caso, comprar ingressos avulsos sai mais barato.
Dicas práticas para usar o Toronto CityPASS
Reserve horários online: algumas atrações exigem entrada com horário marcado mesmo usando o passe. Agende o quanto antes, especialmente na alta temporada, porque os horários esgotam rápido.
Use o app/portal: o aplicativo My CityPASS (ou o portal na web) reúne todos os seus ingressos, permite fazer reservas e traz informações atualizadas para uma experiência mais fluida.
Compre o CityPASS online.
8. St. Lawrence Market — no coração de Old Toronto

O mercado mais antigo — e mais querido — de Toronto alimenta a cidade desde o início do século XIX. Ao entrar, você encontra história, cultura e gastronomia sob o mesmo teto — um combo que conquista qualquer amante de comida.
Quando recebo visitantes em Toronto, faço questão de levá-los ao St. Lawrence Market. Não é apenas um mercado: é um retrato vivo da cidade, abastecendo os torontonianos desde 1803. Reconhecido pela National Geographic como um dos melhores mercados do mundo, o St. Lawrence vai muito além das compras: oferece um caldeirão vibrante de história, cultura e sabores que deixam a visita com uma pegada local. Dentro das paredes de tijolo, você encontra um universo de sabores de todos os lugares do planeta, incluindo muitos produtos canadenses — é claro!
Melhores horários para visitar o St. Lawrence Market
O horário da visita muda completamente a experiência. O South Market (prédio sul) abre de terça a sexta, 9h às 19h; sábado, 7h às 17h; domingo, 10h às 17h — fecha às segundas e em feriados. Nos dias de semana — especialmente cedinho ou no fim da tarde — o movimento é menor, o que facilita circular pelas mais de 120 bancas.
Aos fins de semana, o mercado é bem cheio e fica mais difícil encontrar mesas ou um cantinho para sentar. Aos sábados, o mercado é particularmente mais cheio, porque funciona também uma feira do produtor no prédio norte, recentemente inaugurado pela cidade.
Pratos imperdíveis e bancas destaque
Com mais de 120 vendedores, o St. Lawrence Market é um paraíso gastronômico — de hortifruti fresquinho a queijos locais e culinárias do leste europeu e do mundo. Até os mais exigentes vão encontrar algo para degustar.
Se quiser provar o sanduíche “oficial” da cidade, peça o peameal bacon no Carousel Bakery.
O lobster roll do Buster’s Sea Cove é lotado de elogios pelo frescor e sabor.
Os bagels ao estilo Montreal da St. Urbain Bagel são tão bons que rivalizam os bagels de Nova York — e você pode comprar o cream cheese para acompanhá-los lá mesmo.
No Dnister Ukrainian Store, no piso inferior, você encontra pierogies autênticos feitos à mão, fresquinhos e com várias opções de recheio — inclusive vegetarianas.
Os pierogies do Dnister têm aquele sabor de comida feita com carinho, que me transporta direto para a cozinha da minha “vó” ucraniana (mesmo eu não tendo uma). E o melhor: dá pra levar uma caixinha congelada pra casa e reviver o sabor do mercado outro dia.
No Fish Market, você pode comer ostras fresquinhas do Canadá, tanto da costa leste quanto da costa oeste.
Experimente a sobremesa tradicional do Canadá, a butter tart — uma tortinha com massa de manteiga e recheio de caramelo. A minha favorita é a com nozes pecã.
No piso inferior, experimente o salmão do Canadá no quiosque Caviar Direct.
Descubra o poutine, prato típico de Montreal feito de batatas fritas com molho de carne e queijo por cima, no pub inglês Paddington Pump.
E experimente mostardas canadenses na banca da Kozlic’s Mustard.
Sugestões práticas
Estratégia de grupo: com poucos lugares para sentar — principalmente nos fins de semana — dividam as tarefas: uma pessoa garante a mesa enquanto a outra faz os pedidos. Economiza tempo e garante um canto para saborear.
Prove à vontade: alguns expositores oferecem amostras grátis de queijos, mostardas, pães e doces. Vá sem timidez e descubra novos sabores.
Confira a programação: o mercado recebe eventos como o Taste the Caribbean Food Festival e música ao vivo, principalmente no verão. Visite o site oficial para o calendário atualizado.
Para quem é o St. Lawrence Market?
Se você gosta de descobrir sabores locais e sentir o clima de um lugar pela comida, vai se encantar aqui. O mercado tem um jeito curioso de se moldar a cada pessoa. Famílias e viajantes sozinhos acabam se rendendo aos petiscos e à animação do ambiente. Casais andam sem pressa, se deixando levar pelo turbilhão de cores, aromas e sons. Dá para comer bem sem gastar muito — das empanadas da Manotas ao clássico sanduíche de vitela do Uno Mustachio.
E quem é mais exigente também não sai decepcionado: entre comfort foods e pratos de várias partes do mundo, sempre tem algo que chama a atenção. Com música ao vivo em alguns cantos e aquele acolhimento que só um mercado cheio de vida oferece, é fácil entender por que tanta gente volta sempre.
Endereço: St. Lawrence Market Edifício Sul, 93 Front Street East, Toronto.
Horário de funcionamento: terça a sexta, das 9h às 19h; sábado, das 7h às 17h; domingo, das 10h às 17h; segunda, fechado.
9. Distillery District

Com ruas de paralelepípedos, armazéns vitorianos e uma cena vibrante de arte e cultura, o Distillery District é um dos lugares mais charmosos de Toronto — história e criatividade no mesmo lugar.
Este bairro histórico exclusivamente para pedestres funcionou como destilaria de uísque desde a década de 1830 e hoje preserva a maior coleção de arquitetura industrial vitoriana da América do Norte. Caminhar por suas vielas de pedra com aquele ar “romanticamente europeu” remete a uma volta no tempo. Mas ele está longe de viver do passado: os antigos armazéns agora abrigam ateliês, butiques independentes e cafés aconchegantes, dando ao bairro uma alma criativa que mistura charme histórico com uma comunidade pulsante.
As lojas são parte da graça. Tudo é cuidado nos mínimos detalhes e cheio de personalidade — algumas vendem arte local e itens de decoração; outras, achadinhos únicos e curiosos. Se você está em busca de um presente especial, vai encontrar várias lojinhas para vasculhar (e até as vitrines são um charme à parte). Para uma refeição, o Cluny Bistro & Boulangerie foi uma grata surpresa para mim: um restaurante francês elegante, serviço caprichado — virou minha escolha garantida quando quero algo mais refinado por ali.
Gosto de começar o passeio na escultura em formato de coração na entrada da Mill Street — é um ponto de foto perfeito para quem vai pela primeira vez. Outra parada obrigatória é o Love Locks, onde você pode pendurar um cadeado do amor para demonstrar seu carinho a quem te acompanha. Em seguida, uma pausa para ceder à tentação do chocolate na SOMA Chocolatemaker — se você ama cacau, vale provar o chocolate quente e as trufas artesanais.
Para quem curte café, o Balzac’s Coffee é um clássico — instalado em uma antiga estação de bombeamento. Eu peço um flat white para recarregar as energias. Com meu café em mãos, vou ziguezagueando pelas lojas e galerias: vitrines de arte local, décor vintage e souvenirs diferentes convidam à uma visita sem pressa. Os amantes de arte encontram várias galerias escondidas pelos becos — a Arta Gallery e a Corkin Gallery exibem obras contemporâneas, e eu adoro dar uma espiada nas mostras da vez.
Já para gastronomia e cerveja artesanal, o bairro não decepciona. O antigo nome sobrevive no Mill Street Brew Pub, que produz cervejas orgânicas no local e serve pratos clássicos de pub. Você pode também fazer o tour da cervejaria — por cerca de $30, com degustações incluídas. Se destilados são mais a sua praia, a Spirit of York Distillery oferece degustações de gin e vodka em um prédio restaurado elegante (há tours curtos nos fins de semana). Tem também a Ontario Spring Water Sake Company (Izumi), joia escondida onde o saquê é produzido no local — a equipe oferece amostras e mostra, passo a passo, como tudo é feito.
Comer não é exatamente o ponto alto do Distillery District, mas o passeio compensa — caminhar entre os armazéns vitorianos e depois sentar para comer é o que faz o lugar especial. Em dias frios, adoro me aconchegar no Cluny com uma sopa de cebola; no verão, vou de El Catrín, comida mexicana. O pátio é enorme (com aquecimento no inverno) e tacos e margaritas nunca falham. O Madrina Bar Y Tapas faz parte da lista de restaurantes recomendados pela Michelin, e o Scooped by Demetres oferece sabores únicos de sorvetes.
Melhores horários para visitar o Distillery District
No Distillery District, timing é tudo. Em tardes ensolaradas de fim de semana, espere movimento: turistas, ensaios de casamento e, às vezes, banda ao vivo num palco externo — eles sempre têm programação gratuita nos fins de semana de verão. Dá para sentir a vibração — pessoas curtindo drinks nas áreas externas e artistas de rua animando o público. Essa é uma das poucas atrações turísticas de Toronto que eu recomendo visitar aos fins de semana… a badalação e o movimento de turistas e locais tornam a experiência ainda mais divertida.
À noite, o bairro ganha outro charme: lampiões e luzinhas de jardim deixam tudo com um brilho romântico. Só fique atento: lojas e galerias fecham entre 19h e 20h (19h na maioria dos dias; 20h às sextas e sábados); depois disso, a pedida é o jantar ou um drink. Em noites de verão há eventos especiais — por exemplo, um quarteto de jazz ao ar livre na Trinity Street — e a rua vira um “palquinho” improvisado.
No inverno, temos duas experiências distintas. De meados de novembro ao fim de dezembro, o bairro se transforma no Distillery Winter Village, um mercado de Natal em estilo europeu com milhares de luzinhas, árvore de Natal gigante, cabanas de madeira com comidinhas e artesanato, corais e aquele clima de festa. Quer evitar multidões? Visite o mercado de Natal em dias de semana ou mais cedo. O mercado é gratuito até as 16h; depois desse horário, é preciso comprar ingresso. Recomendo comprar online com antecedência porque fica bem cheio!
💡 Pro tip: as luzes continuam acesas mesmo depois do fechamento dos estandes; passear tarde da noite (ou bem cedinho) nessa época rende fotos lindíssimas sem ninguém por perto.
Sugestões úteis
Evite visitar com salto alto — os paralelepípedos são traiçoeiros.
Para compras e um bom lanche/refeição, é uma excelente pedida.
O que esperar do Distillery District
Não encaro o Distillery District como atração “obrigatória” isolada, e sim como parte deliciosa de um dia maior. É o lugar ideal para reduzir o ritmo: caminhe sem pressa, pare para tomar um café ou um chopp e fazer comprinhas. O segredo é curtir o clima — não seguir um checklist. Quando trago visitantes, incentivo a desacelerar e saborear esse “vilarejo dentro da cidade” — um ponto ideal para recarregar as energias durante um dia explorando Toronto.
Endereço: 55 Mill Street, Toronto.
Horário de funcionamento: Segunda a quarta: 10h–18h; quinta a sábado: 10h–20h; domingo: 11h–18h.
Observação: os horários da Distillery e dos comércios estão sujeitos a alterações — verifique antes de ir.
10. Union Station

Um mergulho arquitetônico de 5–10 minutos no grande centro ferroviário de Toronto — entre no Great Hall para ver o teto em caixotões, as paredes de calcário e aquela pausa involuntária ao levantar os olhos. Perfeito se você já estiver pela Front Street.
Como aproveitar essa parada rápida
Comece pela colunata monumental na Front Street e entre no Great Hall — o antigo salão de embarque — e olhe para cima. O teto em caixotões, as paredes de calcário, ornamentos em dourado escovado e o relógio gigante. Estudantes e amantes de arquitetura costumam ficar ali desenhando e fotografando o jogo de luz sobre o mármore do Tennessee. Eu geralmente paro no meio do salão e só absorvo a escala — é lindo e diz muito sobre a confiança na cidade quando a estação foi inaugurada.
Melhor horário para visitar a Union
Se você já estiver pela Front Street — por exemplo, caminhando entre a CN Tower, o Hockey Hall of Fame ou o St. Lawrence Market — eu sugiro uma passadinha na Union Station. É um local Histórico Nacional do Canadá e, mesmo sem pegar trem, compensa uma entrada rápida.
Dicas práticas
Encaixa perfeitamente como uma pausa breve num passeio mais longo. Entre, absorva o ambiente. Encare como um bônus — um momento que adiciona profundidade ao seu passeio pelo centro.
11. O PATH (Cidade Subterrânea)

Escondido sob o centro de Toronto, existe um labirinto subterrâneo recordista de lojas, túneis e conexões. O PATH não é só prático — é literalmente outra cidade debaixo da cidade. Se você está pesquisando o que fazer em Toronto em dias de clima extremo, este é um achado e tanto.
Eu recomendo explorar o PATH quando o visitante quer algo inesperado. Sob as torres de vidro do centro, estende-se uma “cidade” subterrânea de 30 km que costura todo o miolo da região. Não é apenas conveniente, é recordista mundial. O PATH detém o título do Guinness como o maior complexo de compras subterrâneo do mundo, com mais de 1.200 lojas e serviços. Mais de 200 mil pessoas percorrem seus túneis todos os dias — e, ainda assim, muitos turistas nem percebem que essa cidade escondida está bem debaixo dos seus pés.
A rede conecta mais de 75 edifícios, de arranha-céus a estações de metrô, tudo totalmente climatizado. Para quem mora aqui, é uma salvação no clima extremo. É comum ir da Union Station ao Eaton Centre sem encarar a sensação térmica de −30 °C no inverno — e, igualmente importante, sem suar horrores no auge do verão.
O que fazer no PATH
Na primeira vez em que me aventurei pelo PATH, me perdi tanto que vaguei por duas horas e emergi a quarteirões de onde tinha começado. Sinceramente? Adorei. Perder-se aqui parece mais uma aventura do que um erro.
As compras são um grande atrativo, indo de redes globais a lojinhas familiares escondidas em corredores mais tranquilos. Restaurantes, livrarias e cafés se encontram pelo caminho. O PATH também se conecta diretamente ao Eaton Centre, um dos maiores shoppings do mundo, com mais de 250 lojas — perfeito para transformar um dia chuvoso em um dia inteiro de “terapia de compras”.
Mas não é só sobre compras. O PATH também dá acesso às maiores atrações de Toronto. Os amantes de música seguem os túneis até o Roy Thomson Hall, sede da Toronto Symphony Orchestra, ou saem perto do Four Seasons Centre para ópera e balé. Torcedores? Em noites de jogo, eu me junto à multidão que segue pelo subsolo rumo ao Scotiabank Arena. A partir da Union Station, dá para ir até a CN Tower e o Ripley’s Aquarium.
Se precisar de uma pausa, praças de alimentação e átrios oferecem lugares para sentar. Um dos meus achados preferidos é a Allen Lambert Galleria, no Brookfield Place — um átrio envidraçado, alto como uma catedral, com mostras de arte rotativas. Esbarrar nela no meio de um compromisso parece entrar sem querer em uma galeria contemporânea. E, para esticar a noite, o PATH ainda se conecta ao Scotiabank Theatre (cinema) e ao Metro Toronto Convention Centre (feiras e eventos) — sem pôr o pé na rua.
Melhores horários para visitar o PATH
O clima do PATH muda ao longo do dia. Às 9h, nos dias úteis, é um rio de gente indo da Union Station às torres de escritórios. Na hora do almoço, a energia vira outra: praças de alimentação e cafés fervilham de trabalhadores — parece um mercado coberto. Quer sentir o ritmo da Toronto de segunda a sexta? Esse é um ótimo horário para visitar.
Para uma experiência mais calma, o meio da tarde (14h–16h) é ideal. A essa altura, o fluxo acalma e dá para circular sem desviar de bolsas e copos de café.
À noite, a experiência muda de novo. Depois das 18h, a maioria das lojas fecha e os corredores ficam surpreendentemente silenciosos. Aos fins de semana, boa parte das lojas nem abre. Contudo, ainda assim é possível utilizar os corredores para se locomover pela cidade.
Dicas práticas para tornar o passeio numa aventura
O nome “PATH” não é só marca — é um sistema de navegação. Cada letra simboliza um ponto cardeal:
P (vermelho) para sul
A (laranja) para oeste
T (azul) para norte
H (amarelo) para leste
Meio confuso, eu sei.
Mapas são essenciais: pegue um impresso nos centros de visitantes ou baixe o app do PATH. Algumas versões já trazem mapas em 3D, que eu adoro, porque os corredores podem fazer zigue-zague que confundem. Mas dentro dos corredores você encontrará vários mapas nas paredes também.
Use calçado confortável: a rede é imensa — já registrei 10 km só caminhando entre lojas e estações!
💡 Bônus: no verão, é um paraíso com ar-condicionado; no inverno, um atalho sem vento. De um jeito ou de outro, você escapa do humor imprevisível do clima de Toronto.
O que esperar do PATH?
Explorar o PATH não é “marcar” uma única atração — é viver a experiência. Espere muita caminhada, a novidade de uma cidade subterrânea funcionando sob Toronto e o desafio (ou a graça) de um traçado labiríntico.
Para quem vai pela primeira vez, é comum achar complicado, até para moradores. Isso faz parte da diversão.
Se sua viagem a Toronto tem três dias ou menos, eu recomendo só dar uma espiada pelo Distrito Financeiro. Embora eu ache o PATH um pedaço fascinante do caráter de Toronto, há muita coisa imperdível acima do solo. Deixe o mergulho profundo para quando tiver mais tempo.
12. Yonge-Dundas Square

A Dundas Square é a encruzilhada neon de Toronto, onde moradores e turistas se encontram — ideal para uma parada rápida, observar o movimento e garantir uma foto sob os painéis luminosos.
Muita gente chega esperando a “Times Square do Canadá” — mas esse é o enquadramento errado. Sim, as telas de LED gigantes e os painéis brilhantes iluminam tudo acima, mas o que torna a Dundas Square única não é imitar ninguém — é o jeito como a vida diária de Toronto se mistura com o turismo. Artistas de rua, estudantes correndo para a aula, compradores cheios de sacolas e visitantes com câmera se entrelaçam aqui, fazendo deste um dos cruzamentos mais vibrantes da cidade.
O que você vê em cinco minutos:
Estudantes apressados rumo às aulas na Toronto Metropolitan University (TMU).
Compradores com sacolas do Toronto Eaton Centre (shopping).
Turistas esticando o pescoço para achar o melhor ângulo de selfie.
Artistas de rua atraindo plateias improvisadas.
Curiosidade: a Yonge Street, que passa ao lado da praça, já entrou para o Guinness World Records como a rua mais longa do mundo.
O que fazer na Dundas Square
Aprendi a valorizar a Dundas Square pelo que ela realmente é: um pit stop no meio de um passeio pelo centro, não uma atração isolada. É perfeita para uma caminhada rápida, uma pausa para observar as pessoas ou uma foto com os painéis gigantes — principalmente à noite, quando o néon ganha vida.
Nos dias de verão, famílias adoram deixar as crianças correrem pelos jatos d’água que saem do chão. Daqui, você pode entrar direto no Toronto Eaton Centre para fazer compras ou subir aos restaurantes com vista para o “caos organizado” da praça.
Escolhas rápidas na Dundas Square:
Faça fotos com letreiros luminosos depois do anoitecer.
No verão, os jatos d’água viram parque para as crianças.
Entre no Eaton Centre para compras e comida.
Sente-se em um terraço próximo para observar o movimento.
Melhores horários para visitar Dundas Square
Durante o dia, especialmente na hora do almoço, a Dundas Square ferve com quem trabalha nos escritórios, estudantes e compradores. Mas é à noite que ela realmente ganha vida — depois do pôr do sol, a praça brilha com a luz dos painéis, criando um cenário animado e quase cinematográfico.
Se você prefere mais espaço, manhãs de dias de semana são as mais tranquilas. Fins de semana com tempo bom ou eventos ficam bem cheios. Eu, pessoalmente, gosto da energia da multidão, observando a vida corriqueira nessa metrópole que chamo de lar.
Dicas úteis
Manhãs de dias úteis = horário mais tranquilo.
Do pôr do sol à noite = melhor clima e melhores fotos.
Noites de fim de semana = energia máxima (e mais gente).
Sugestões de restaurantes e fotos
Um dos meus pontos secretos preferidos é o terraço no alto do Jack Astor’s Bar & Grill, logo acima da praça, no 10 Dundas East. Com aquecimento nos meses frios, é um ótimo lugar para tomar um drink com vista para as luzes e a movimentação.
Segredo local: para variar, o Spring Sushi, no mesmo complexo, oferece rodízio com janelas panorâmicas para a praça.
Se quiser a foto perfeita, mire o momento logo após o pôr do sol, quando o céu ainda tem cor — o contraste com as telas de LED fica lindo.
Novidade: a rede americana Shake Shack abriu sua primeira lanchonete no Canadá bem aqui, na esquina das ruas Dundas e Yonge.
Melhores pontos para fotos:
Ângulo mais aberto: o canto em frente ao Eaton Centre.
Terraço do Jack Astor’s para um enquadramento de cima.
Logo após o pôr do sol para o contraste ideal.
O que esperar da Dundas Square
Não encare a Dundas Square como parada “imperdível”. Em vez disso, trate-a como um bônus divertido enquanto explora o centro. Eu costumo combinar a visita com o Eaton Centre ou paro a caminho do jantar ou de um show.
Você não vai precisar de muito tempo para absorver o clima — mas é de graça, vibrante e autêntica, mostrando um pedaço real do caráter de Toronto.
Lembre-se: é mais um ponto de encontro público animado do que um monumento — um pedacinho real da cidade para curtir por alguns minutos enquanto você explora o centro.
Observação: a praça anteriormente conhecida como Yonge-Dundas Square foi oficialmente renomeada para Sankofa Square.
13. Toronto Eaton Centre

O shopping mais movimentado da América do Norte, com quatro níveis de lojas sob uma fotogênica abóbada de vidro em arco, e conexões diretas a duas estações de metrô e ao PATH. Para mim, é mais do que um centro de compras — é onde muitas vezes faço uma pausa entre atrações, como algo rápido ou encontro amigos.
O Eaton Centre reúne quatro andares de lojas (160.000 m²) e recebe cerca de 50 milhões de visitantes por ano — mais gente do que qualquer outro shopping na América do Norte. O que sempre me impressiona é ver um centro de compras atrair mais pessoas do que alguns dos marcos turísticos mais famosos do mundo. Inspirado na Galleria Vittorio Emanuele II, em Milão, o teto envidraçado em arco faz o lugar parecer menos um shopping e mais uma praça coberta, onde dá vontade de parar e olhar para cima, em admiração.
Também é um dos pontos de encontro mais convenientes de Toronto. Em cima de duas estações de metrô e com acesso direto ao PATH (a “cidade subterrânea” da qual falei antes), eu vivo passando por lá — mesmo quando não planejo comprar nada.
O que fazer no Eaton Centre
Comprar (ou só bater perna) à vontade: são mais de 230 lojas, incluindo Apple, Guess, H&M, Gap, Kate Spade, Uniqlo, Hugo Boss e muitas do dia a dia, ocupando dois quarteirões. Já perdi a noção do tempo circulando por aqui, às vezes “só olhando” e outras saindo com compras que eu nem esperava.
Comer sem o caos: quando a fome bate, a praça de alimentação Urban Fare é uma opção rápida para um lanche. Mas eu costumo escapar para o Queen’s Cross Food Hall, no lado da Queen Street, com opções gourmets que fazem você esquecer que está em uma praça de alimentação.
Melhor hora para visitar o shopping
Para uma experiência mais tranquila, recomendo chegar na abertura (10h nos dias de semana). No horário do almoço, os corredores enchem; aos fins de semana, principalmente no sábado à tarde, o fluxo chega ao pico.
Dicas práticas durante sua visita
Boxing Day (26/12): o shopping abre mais cedo no maior dia de promoções do Canadá. É caótico, mas inesquecível para quem não se importa com a multidão atrás de pechinchas.
Espetáculo de fim de ano: nessa época, eu sempre dou um jeito de passar por lá. A árvore de Natal gigante, muitas vezes com mais de 30 m, brilha com milhares de luzes e cristais Swarovski — é um daqueles cenários para fotos que nunca cansa.
Fique conectado: se você não ativou dados móveis para a sua estadia em Toronto, sem problema — o Eaton Centre oferece Wi-Fi gratuito.
Entradas principais:
• Yonge St. com Dundas St. West — em frente à Yonge-Dundas Square.
• Yonge St. com Queen St. West — ao lado da Hudson’s Bay e do Old City Hall.
• Bay St. entre Dundas St. West e Queen St. West — próxima ao hotel Marriott Downtown.
• James St. com Albert St. — perto da Nathan Phillips Square e da prefeitura.
Há também acesso subterrâneo pelo PATH, a “cidade subterrânea” de Toronto.
14. Ilhas de Toronto

A apenas 13 minutos de balsa do centro, as Ilhas de Toronto são um refúgio sem carros, com praias, ciclovias, casinhas de campo e as melhores vistas do skyline da cidade. Sempre que alguém me pergunta o que fazer em Toronto ao ar livre, este é o meu “atalho” favorito: natureza, tranquilidade e aquele visual de cartão-postal — tudo sem sair da cidade.
As Ilhas ficam a poucos minutos do centro. Uma travessia rápida de 13 minutos leva você dos arranha-céus para 5 km de parque, distribuídos entre três ilhas principais — Centre Island, Ward’s Island e Hanlan’s Point — conectadas por passarelas e pontes para pedestres. Eu adoro como as Ilhas apagam a fronteira entre urbano e natureza: num momento estou correndo pela Bay Street; no seguinte, estou de bicicleta sob a sombra das árvores enquanto a CN Tower fica lá atrás. Quando quero uma mini-férias sem sair de Toronto, é aqui que venho. Curiosidade: é a maior comunidade urbana sem carros da América do Norte. As Ilhas ficam abertas o ano todo, mas a maioria das atrações e cafés funciona de meados de abril/maio até setembro/início de outubro.
Coisas para fazer na ilha
Explorar de bike ou a pé — Minha forma favorita de conhecer as Ilhas é sobre duas rodas. Se não levar a sua, dá para alugar bicicleta na Centre Island ou usar as estações do Bike Share Toronto (lançadas em 2025). Normalmente, eu pedalo pela Centre Island e depois viro à esquerda em direção a Ward’s Island, passando por casinhas que parecem de livro infantil e jardins que explodem de cor na primavera e no verão. No caminho, gosto de parar para um café ou almoço — o The Island Café é clássico; já o pátio escondido do Riviera é um segredo de morador. Depois de recarregar as energias, a passarela beira-lago de 1,5 km rende um passeio sereno, de bike ou a pé, com enquadramentos do skyline entre as árvores.
Diversão em família — A Centre Island concentra as atrações para crianças. Elas se divertem nos brinquedos vintage do Centreville Amusement Park, conhecem os animais na Far Enough Farm e se refrescam nos parquinhos aquáticos (splash pads). A poucos minutos dali, o Centre Island Pier oferece vistas amplas do Lago Ontário. Outro destaque é o William Meany Hedge Maze, um labirinto vivo onde as crianças circulam com segurança enquanto os adultos descansam. Casais costumam transformar a visita em uma disputa para ver quem chega primeiro ao centro — são quatro rotas possíveis, mais desafiadoras do que parece.
Pôr do sol e vistas do skyline — No fim do dia, poucas coisas superam ver o sol se pôr atrás do skyline de Toronto. Meu ponto certeiro é o Toronto Island BBQ & Beer Co., perto das docas da balsa: o pátio combina cervejas artesanais com um dos pores do sol mais bonitos da cidade. Ou simplesmente sentar-se na beira do lago em uma das típicas cadeiras canadenses Muskoka Chairs.
Piquenique — Se você curte um piquenique em família ao ar livre, a ilha é um excelente lugar para isso. Com várias mesas de piquenique e um espaço imenso de grama, você pode trazer suas próprias comidinhas, um cobertor e curtir o dia sem pressa enquanto as crianças se divertem.
Melhores horários para visitar a ilha
Manhãs — No verão, as primeiras balsas saem por volta de 6h30, e se você chegar antes de 10h, vai ter o barco quase só para você. No fim da manhã, as multidões aumentam, especialmente nos fins de semana. Dias de semana são mais tranquilos; se só puder ir no fim de semana, pegue uma balsa cedo para começar o dia em paz.
Tardes e noites — No fim da tarde o clima fica mais leve, mas as balsas de retorno entre 18h e 20h voltam cheias. Para escapar do gargalo, eu saio antes do pico. As últimas saídas são por volta de 23h, e em Ward’s Island há uma travessia final às 23h30.
Bilhetes e como chegar na ilha
Compre os bilhetes online — você não fica preso a um horário específico e evita a fila da bilheteria. Bilhetes: $9,11 (adultos), $5,86 (idosos), $4,29 (crianças de 2 a 14 anos). Menores de 2 anos não pagam, e o bilhete inclui ida e volta.
As embarcações saem do Jack Layton Ferry Terminal, a 15 minutos a pé da Union Station. Você também pode pegar os bondinhos 509 ou 510, ambos com conexão direta a partir da Union Station.
Dicas para tornar o dia perfeito
💡 Pro Tip: Táxi aquático para pular a fila — A partir de $13,00 (trecho) ou $24,00 (ida e volta), é mais caro que a balsa, porém muito mais rápido, principalmente nos picos do verão, quando a espera da balsa pode passar de uma hora. É mais divertido, e rende ótimas fotos e vídeos do skyline. Bicicletas, carrinhos e pets vão sem custo extra.
Leve o essencial — Água, lanchinhos e protetor solar. Na Centre Island, a oferta é mais estilo lanchonete, com preços típicos de lugares turísticos. Piquenique na grama à beira do lago é hábito de morador e não tem erro. Para uma refeição, os melhores cafés ficam em Ward’s Island e lotam por volta do meio-dia.
Não esqueça o repelente — Os dias e noites de verão pedem repelente de insetos. Tênis confortável é o ideal.
Vá de bike, se puder — O terreno é plano e ótimo para todas as idades. Dá para alugar bicicleta na Centre Island (geralmente 11h–17h no verão) ou levar a sua de graça na balsa — ou até no táxi aquático.
Endereço: 9 Queens Quay West, Toronto.
Localização: Logo atrás do Westin Harbour Castle Hotel e ao lado do Harbour Square Park.
15. Chinatown

Uma das maiores Chinatowns da América do Norte, na de Toronto você encontra ruas sempre cheias, comidas fumegantes e pechinchas sem fim. O que começou como refúgio para trabalhadores das ferrovias virou um polo multicultural vibrante.
É um bairro enraizado na herança sino-canadense. Hoje você encontra de tudo: de lojas de medicina tradicional e mercados a céu aberto a restaurantes modernos de asian fusion. Para quem está montando um roteiro, Chinatown rende uma boa exploração — há ofertas que vão de eletrônicos a itens de casa, além de bancas repletas de ingredientes “exóticos” e roupas.
O que fazer na Chinatown
Muitas lojas são abarrotadas do chão ao teto com camisetas do Canadá, chaveiros com a folha de bordo, alces de pelúcia, ímãs e cartões-postais. Um dos pontos mais conhecidos é a Royal Canadian Gifts (229 Spadina Avenue) — parada única que sempre recomendo para souvenirs. Em geral, os preços na Chinatown são mais baixos do que em áreas turísticas, mas ainda sugiro comparar. Não tem problema nenhum garimpar boas ofertas.
Se você, como eu, tem queda por comida asiática, vá de Asian Legend ou Juicy Dumpling para provar alguns dos melhores xiao long bao (dumplings com caldo) da cidade. Eles são famosos por acertar sempre: massa bem fininha, caldo fumegante e recheio suculento.
Além disso, em agosto, não perca o Toronto Chinatown Festival. Em dois dias, as ruas enchem com barracas de comida, danças do leão, demonstrações de kung fu e apresentações culturais — é quando o bairro fica no seu auge.
Melhores horários para visitar a Chinatown
Os finais de semana são os mais movimentados — ótimo para sentir a energia, mas não tanto para quem evita multidões. Se estiver com crianças ou quiser mais espaço, eu sugiro ir num dia de semana ou no sábado bem cedo, antes do fluxo aumentar. Entre 10h e 11h é mais tranquilo; do meio da tarde até a noite fica lotado, principalmente no verão.
Domingo à noite, os grupos de turistas já diminuíram, mas os restaurantes e cafés continuam animados. Só fique de olho: muitas lojas fecham entre 19h e 21h, então vale finalizar as compras antes e deixar o jantar para depois.
O trecho principal para explorar fica ao longo da Spadina Avenue, entre a Dundas Street e a College Street, concentrando lojas, restaurantes e muita vibração.
16. Destaques da gastronomia de Toronto

Toronto é o mundo à mesa — dos internacionais no Kensington Market ao bubble tea em Chinatown, gelato na Little Italy e noites aconchegantes em Greektown ou em Little India.
Eu vivo repetindo que dá para provar o mundo em Toronto. Mais da metade dos moradores nasceu fora do Canadá. Esse mosaico multicultural deixa a cena gastronômica absurdamente diversa — dá para encontrar pratos autênticos de quase todos os países sem sair da cidade. Se você ama comer bem ou está só curioso sobre a gastronomia de Toronto, esta seção é para você!
Transforme o dia em um circuito de comidinhas
Comece pelo Kensington Market. De manhã, caminhe sem pressa pelo bairro. No fim da manhã e na hora do almoço, o Kensington ganha vida, com cheiros de especiarias, chapas chiando e pão recém-saído do forno. Eu adoro me perder nos becos grafitados e ir beliscando pelo caminho — numa hora é um pastel jamaicano (Jamaican patty) quentinho da padaria da esquina; na seguinte, momos (dumplings tibetanos) ou um taco de uma banca minúscula. Em poucos quarteirões, parece que viajei o mundo pela boca.
À tarde, eu costumo seguir para Chinatown, para um bubble tea ou bao fresquinho, e depois dar um pulo na Little Italy para uma bola de gelato na College Street.
Para jantar, é quando a cidade brilha. Às vezes me dou ao luxo de ir a um dos nossos restaurantes estrelados pelo Guia Michelin (atualmente temos 14 com uma estrela e 23 Bib Gourmand — reservar com antecedência é essencial).
Em outras ocasiões, prefiro o aconchego de Greektown, na Danforth, para saganaki e souvlaki, ou um curry caprichado em Little India, na Gerrard Street.
Adoro explorar a Ossington Avenue, uma das ruas gastronômicas mais vibrantes de Toronto. O clima é descontraído, mas a comida é levada a sério — os restaurantes refletem a personalidade e a paixão de seus donos, não de grandes redes.
Entre meus favoritos estão o Union, com comfort food feita com ingredientes sazonais; o Mamakas Taverna, que serve clássicos gregos com um toque contemporâneo; o Soos, com comida de rua da Malásia; o Paris Paris, um wine bar animado com ótimos pratos para compartilhar; e o La Banane, que leva a cozinha francesa a outro nível.
O que mais gosto é esse espírito de bairro: chefs e donos moram por perto, o que deixa tudo mais autêntico e menos turístico. Seja para um jantar romântico, uma noite entre amigos ou um drink com petiscos criativos, Ossington nunca decepciona.
Excursão gastronômica em Toronto
Se você tem pouco tempo para explorar ou prefere um plano guiado, recomendo muito o Chopsticks & Forks Food Tour. É uma excursão guiada a pé pelo Kensington Market em que você prova pratos de oito países, em cinco continentes, tudo em menos de 1,6 km de passeio. O que mais gosto é que cada parada vem com uma história: os guias explicam as tradições por trás dos pratos, então você come enquanto se conecta às culturas.
Os tours acontecem diariamente, às 11h00 (faça chuva ou sol), duram cerca de 2h30, e no fim você sai satisfeito como se tivesse feito uma refeição completa. Costumo dizer aos amigos e turistas para reservarem com antecedência, especialmente aos fins de semana.
Considerações para planejar suas visitas gastronômicas
O Kensington Market pulsa do fim da manhã ao horário do almoço, perfeito para um começo leve, de “beliscar e caminhar”.
Planeje os queridinhos: de cafés de brunch a restaurantes Michelin, as reservas podem esgotar meses antes.
Evite dor de cabeça com estacionamento: use o TTC (metrô/bonde/ônibus) ou Uber para pular de bairro em bairro — estacionar no centro é limitado e caro.
E, claro, bom apetite!
17. Passeios em Toronto

Se ler sobre Toronto te inspirou a ir além de um guia “por conta própria” e de excursões em grupo, uma experiência particular é a forma mais recompensadora de conhecer a cidade.
Um tour guiado por Toronto comigo vai além do “ver e fotografar” — é viver a cidade como poucos visitantes conseguem. Você terá acesso sem pressa a ícones como o St. Lawrence Market, e também vai sentir a alma de bairros como o Distrito Financeiro, Distillery District e Yorkville, onde cultura, estilo e exclusividade se encontram.
Cada detalhe é moldado ao seu ritmo e às suas preferências — seja caminhar por ruas repletas de arte, fazer uma parada gastronômica com curadoria, ou reservar um tempo para compras nas boutiques e grifes mais elegantes de Toronto. O transporte é sem perrengue, os horários são flexíveis, e o seu conforto é sempre prioridade.
Ao longo dos anos, já recebi famílias, casais, executivos e até celebridades como Ana Hickmann e Rodrigo Ruas, e cada roteiro foi privado, sob medida e inesquecível.
Se quer viver Toronto em ritmo personalizado, leve e totalmente do seu jeito, terei prazer em planejar o seu tour.
18. Yorkville

Antigo reduto da contracultura nos anos 1960, Yorkville hoje é a área mais sofisticada de Toronto, com lojas de grife, restaurantes elegantes e cafés com pátios caprichados. Comece pela Bloor Street e, depois, se perca nas ruas laterais em busca de galerias, rooftops e — com um pouco de sorte — um encontro com celebridades.
O que fazer em Yorkville
Nos anos 1960, Yorkville floresceu como refúgio hippie e coração da contracultura em Toronto. Neil Young e Rick James, entre outros artistas, se apresentavam por aqui. Hoje, o bairro se transformou no distrito de compras mais sofisticado da cidade, comparado à Fifth Avenue, em Nova York, e à Rodeo Drive, em Beverly Hills. Você vai encontrar galerias de arte, restaurantes elegantes e marcas de luxo do mundo inteiro.
Gosto de começar com uma caminhada sem pressa pela Bloor Street, no trecho que cruza Yorkville. Ali se concentram grifes como Louis Vuitton, Gucci, Prada e a canadense Holt Renfrew. Mesmo quando não estou comprando, as vitrines parecem instalações de arte vivas. Já passei tardes inteiras só observando o vai e vem nas calçadas largas: de fashionistas impecáveis a famílias curtindo o clima. Celebridades adoram essa região — as lojas e restaurantes do bairro já receberam nomes como Beyoncé, Jay-Z, Denzel Washington e Drake, vistos jantando na Trattoria Nervosa. Um dos meus clientes tomou café da manhã ao lado do Arnold Schwarzenegger em um dos hotéis. Inclusive, os hotéis de Yorkville estão entre os melhores da cidade.
Restaurantes e cafés em Yorkville
Depois das compras (ou do window shopping), é hora de se presentear. Yorkville não é só moda — é também um polo gastronômico. Eu sempre passo no Eataly, o enorme mercado italiano, para um lanche rápido e um expresso no meio do dia. Quer algo mais local? Vá à Trattoria Nervosa para uma pasta ou um café à tarde no terraço — o clima é acolhedor-chique, um favorito discreto. Se você gosta de doces ou está com crianças, não perca a Summer’s Ice Cream, escondidinha na Yorkville Avenue — é um clássico do bairro com sorvetes artesanais (meu sabor preferido é o de nozes com maple).
De bistrôs sofisticados a cafés informais, há opções para qualquer gosto. Muitos restaurantes têm pátios e rooftops; adoro pegar um drink no Hemingway’s ou no terraço do Kasa Moto. O restaurante Māra, no 51º andar do Manulife Centre, oferece uma vista que rivaliza com a da CN Tower. Quer uma experiência verdadeiramente requintada? Visite o Enigma, um dos poucos da cidade com estrela Michelin.
Melhor período/horário para visitar Yorkville
As manhãs de dias de semana são as mais tranquilas. À tarde e no comecinho da noite, a área ganha energia. No verão, o fim de tarde é uma delícia, quando às vezes aparecem artistas de rua e os pátios ficam cheios. À noite, as ruas de compras ficam mais calmas, mas os bares e restaurantes ganham vida com um público mais arrumado.
O horário típico das lojas é:
Segunda a sábado: 10h às 18h
Domingo: 12h às 17h.
Dica prática para famílias com crianças
Se estiver com crianças, anote: o Royal Ontario Museum (ROM) fica logo ao lado, no cruzamento da Bloor Street com a Avenue Road. Dá para combinar uma manhã no ROM — explorando dinossauros e múmias — com um almoço em Yorkville.
19. Passeio de um Dia às Cataratas do Niágara

Uma visita a Toronto não fica completa sem dar um pulinho nas famosas Cataratas do Niágara. Sinta a névoa na catarata canadense, encare o rugido da queda de barco e depois desacelere com um desvio cênico por vinhedos até a cidade de conto de fadas de Niagara-on-the-Lake. Este é o único bate-volta a partir de Toronto que eu faço questão de recomendar.
Niágara já entrou na lista das Sete Maravilhas Naturais da América do Norte — e dá para entender o porquê. Mais de 144 milhões de litros de água despencam a cada minuto. Para comparar, Foz do Iguaçu registra 105 milhões de litros por minuto. Visitar Toronto sem separar um dia para Niagara Falls é correr o risco de perder uma das obras-primas da natureza.
Cataratas do Niágara – o que fazer?
Ao chegar a Niágara, você percebe rápido que só o lado canadense encara as três quedas — Horseshoe Falls (Catarata Canadense), American Falls (Queda Americana) e Bridal Veil Falls (Véu da Noiva) — garantindo os melhores ângulos (sinto muito, tio Sam).
O passeio do barco Hornblower é uma das minhas atrações favoritas em Niágara: você vai sentir que pode quase tocar a água estrondosa da catarata enquanto a névoa te molha.
Para uma experiência mais “pé no chão”, o Journey Behind the Falls leva por túneis que se abrem atrás da cortina d’água da Horseshoe Falls — uma forma arrebatadora de sentir a força da natureza (e que sempre me lembra o Pica-Pau descendo a catarata em um barril).
Para uma refeição rápida com vista, vá ao Queen Victoria Place Restaurant. A comida não é de restaurante estrelado, mas é um lugar agradável para um lanche e um drink enquanto você absorve o visual — rende ótimas recordações.
Diversão em família na Clifton Hill
Niágara não é só cataratas. Clifton Hill é uma rua-parque de diversões, com:
Uma roda-gigante com vistas panorâmicas
Museus curiosos e casas assombradas
Uma pista de kart
Restaurantes temáticos e jogos de videogame estilo arcade
Rainforest Café — queridinha das crianças pelo cenário de “floresta” e a tempestade tropical simulada a cada 30 minutos
Tours guiados em Niagara Falls
Passeios guiados de ônibus costumam sair cedo e voltar entre 16h30 e 18h30, dependendo da empresa.
Se vai dedicar o dia todo, pese prós e contras:
Excursão em grupo — prática, porém com roteiro fixo.
Tour privativo — flexível, mais confortável e 100% no seu ritmo.
Melhor época para ir a Niágara
No verão lota. O ideal é ir em dia de semana e evitar feriados. Niágara recebe mais de 12 milhões de visitantes por ano, e as filas podem ser longas.
Se for por conta própria, chegue até 11h. Dá tempo de ver as atrações, fazer uma refeição ou lanche e ainda encaixar um desvio para Niagara-on-the-Lake — tempo de sobra para explorar a cidade mais charmosa do Canadá.
Dicas práticas
Passeios de ônibus costumam incluir paradas como o Relógio Floral, a Usina de Niagara e o Jardim Botânico. Podem ser interessantes, mas não agradam a todo mundo. Há quem prefira maximizar o tempo nas cataratas e em Clifton Hill, enquanto outros curtem um desvio mais tranquilo até Niagara-on-the-Lake. Por isso, um tour privativo pode valer a pena — você molda o dia ao que mais te anima.
Fotografia — manhãs e fins de tarde têm luz mais suave e menos gente.
Noite — as cataratas ganham iluminação colorida; no inverno, gelo + luz criam um cenário quase de outro mundo.
Siga até Niagara-on-the-Lake
Recomendo fortemente terminar o dia percorrendo a rota cênica de 22 minutos de carro até Niagara-on-the-Lake, a cidade mais fotogênica do Canadá (e primeira capital do país). De todos que levei, ninguém se arrependeu; muitos disseram que Niagara-on-the-Lake foi a cereja do bolo da experiência em Niágara.
Como principal região vinícola do Canadá, os amantes de vinho ficam mal-acostumados por aqui. E, mesmo que vinho não seja a sua praia, você vai se encantar com:
Campos ondulados e jardins impecáveis
Boulevard com casas de arquitetura vitoriana
Lojas e restaurantes elegantes, com varandas ensolaradas
Casarões históricos e hotéis charmosos que revelam o passado da cidade como capital do Alto Canadá
O que fazer em Niagara-on-the-Lake
Degustações de vinho — não é só sobre os rótulos: é história, paisagem serena e hospitalidade genuína.
Passeios — o paisagismo é de tirar o fôlego; da primavera ao outono, cada rua parece um quadro.
Compras — meus favoritos:
Just Christmas — mais de 5.000 enfeites (souvenir perfeito)
Greaves Jams & Marmalades — geleias deliciosas
Maple Leaf Fudge — siga o doce aroma desde a rua
Olde Tyme Candy Shoppe — importados e chocolates artesanais
COWS — pegue um sorvete e vá bater perna
Serendipity – The Little French Shoppe — sabonetes, linho e presentes com inspiração francesa (meu lugar preferido para lembranças elegantes, longe do clichê turístico.)
Prove o xarope de bordo — não vá embora sem experimentar a iguaria canadense. Passe na The Maple Syrup Store para uma degustação gratuita. Combina perfeitamente com panquecas ou waffles — e você pode acabar levando uma (ou duas) garrafas para o Brasil.
Restaurantes — há opções em vinícolas e no centrinho. Até o restaurante do Golf Club vale a parada: a comida é gostosa, mas a estrela é o terraço com vista — o lago no horizonte e o Rio Niágara descendo ao lado do Forte Niágara (no lado americano).
20. Harbourfront

É a faixa mais vibrante da orla de Toronto para caminhar com brisa no rosto, curtir vistas do skyline, entrar em galerias e sentar em pátios à beira-d’água.
Dá para combinar facilmente com atrações próximas ou transformar em um roteiro relax para o seu “dia extra”. Espere uma sequência de parques, galerias e cafés coladinhos na margem.
O que fazer na Harbourfront
Nos dias extras, eu costumo levar visitantes para a beira do lago. Comece pela elegante Humber Bay Arch Bridge, no oeste, e siga para o leste em direção ao centro de bicicleta, e-bike, patinete elétrico ou a pé, deixando o skyline “puxar” você pelo calçadão da orla.
A trilha acompanha o Lago Ontário quase o caminho todo — brisa gostosa, vistas amplas d’água e aquela energia mansa que os locais curtem no fim de semana.
À medida que você se aproxima do centro (use a CN Tower como sua bússola), a orla vira uma sequência fácil de paradas: Toronto Music Garden, Harbourfront Centre (quase sempre com festivais, galerias, feirinhas e aluguel de caiaque/canoa), The Power Plant Contemporary Art Gallery e as espreguiçadeiras com areia do HTO Park.
Seguindo mais para o leste, você termina na Sugar Beach — tudo parte da orla de Toronto, com o Harbourfront sendo o trecho central e mais animado.
Melhor horário para curtir o Harbourfront
Dá para fazer de e-bike, bike clássica ou a pé (o trecho completo leva cerca de 2 horas / ~9,2 km). O aluguel é fácil, com Bike Share e lojas de aluguel espalhadas pela rota.
Eu prefiro o meio da manhã ou o fim da tarde devido ao clima ameno e menos gente.
Dicas práticas para seu “lazy day”
Para comer e beber, eu mantenho o clima casual, à beira do lago: Boxcar Social para café ou uma taça de vinho, um BeaverTails docinho à beira do lago ou almoço/jantar caprichado no Amsterdam BrewHouse (“Amsterdam Brewery”) — peça mesa com vista para a água.
Se você já viu as atrações principais, faça desse passeio Harbourfront + waterfront o seu plano de “dia extra”: ar livre, arte e pátios ao lado do lago — e aquela delícia de viver como um local por uma tarde.
21. High Park

O maior parque urbano de Toronto — quase 161 hectares (400 acres) — combina ravinas, jardins e áreas perfeitas para famílias. É o lugar certo para desacelerar depois de visitar os principais pontos turísticos de Toronto. As cerejeiras na primavera roubam a cena, mas o parque restaura as energias em qualquer estação.
O que fazer no High Park
Quando alguém me pergunta o que fazer além dos pontos turísticos mais óbvios, costumo indicar o High Park, o maior parque público da cidade. O parque surpreende pelo contraste — mesmo cercado pela cidade, guarda cantos onde o tempo parece correr mais devagar, convidando-o à pausa. É grande o bastante para a gente se perder de propósito, mas fácil de percorrer sem ficar sobrecarregado.
O que eu mais gosto no High Park é o equilíbrio entre áreas naturais e paisagismo caprichado. Você vai encontrar bosques de carvalhos, bordos e pinheiros, jardins, lagos ornamentais e até espécies raras que dão pinceladas de cor ao longo das estações. A vida selvagem aparece em todo canto.
Para muitos visitantes, a primavera é mágica por causa da floração das cerejeiras — um presente do Japão nos anos 1950. Em abril ou maio, elas criam um clima quase surreal, com moradores e viajantes se reunindo sob as flores rosa e branca.
Famílias costumam amar as facilidades do parque. O High Park Zoo (gratuito) é pequeno, mas encantador — tem lhamas, bisões, pavões e até capivaras. As crianças adoram o Jamie Bell Adventure Playground — um castelo de madeira onde os pequenos gastam energia brincando. Para tardes sem pressa, há muitas áreas de piquenique para estender uma manta e aproveitar a tranquilidade do parque.
Se você curte caminhadas, as trilhas são tranquilas e bem sinalizadas, um alívio em relação às ruas movimentadas de Toronto. Quando bate a fome, eu gosto de parar no Grenadier Café, bem no coração do parque, para um café, um sanduíche ou até uma refeição com calma, sem sair do verde.
É para onde eu vou quando quero reduzir o ritmo, recarregar e mostrar aos viajantes um lado mais relaxado da vida local.
Melhor época para visitar o parque
Primavera (final de abril–maio) — por causa das cerejeiras; manhãs de dias de semana têm menos gente.
Verão — para caminhadas na sombra, piqueniques e tempo fácil com crianças no playground.
Outono — para ver as folhagens coloridas ao longo das trilhas e lagos.
Manhãs bem cedo ou fins de tarde — em geral mais calmos e frescos.
Dicas práticas para sua visita ao parque
Calçados confortáveis — o parque é grande e as trilhas somam km rápido.
Leve água e lanches para piquenique; o Grenadier Café é uma opção prática com mesa no centro do parque.
Na época das cerejeiras, espere aglomerações nos bosques principais — chegue cedo para fotos e estacionar com facilidade.
O High Park Zoo (gratuito) é uma parada rápida e divertida com crianças — dá para combinar com o Jamie Bell Adventure Playground.
Aos fins de semana e feriados, o parque é fechado para acesso de veículos.
22. Unionville

Uma rua principal preservada do século XIX que parece um set de filmagem ao vivo — cafés, boutiques e uma volta tranquila ao redor do lago, tudo isso a alguns quilômetros do agito do centro de Toronto. Fica um pouco longe, mas se você tiver tempo de sobra em Toronto, vale a pena para desacelerar e mergulhar num clima histórico.
O que fazer na Unionville
Se você já cobriu os principais pontos de Toronto e quer algo diferente, considere um passeio extra até Unionville — uma pitoresca vila histórica nos arredores da cidade. É um pouco afastada, mas compensa pela atmosfera única. Fundada em 1794, Unionville preserva raízes nas fachadas georgianas e vitorianas, mas sem parecer “congelada no tempo”. Pelo contrário: é um mix charmoso de história com cultura moderna, com lojinhas independentes e acolhedoras que completam o apelo.
O coração é a Main Street Unionville. As fachadas de madeira pintadas se alinham pela rua — muitas com mais de 150 anos — agora ocupadas por boutiques independentes, restaurantes aconchegantes e sorveterias. Normalmente começo no coreto (bandstand), sigo devagar admirando as fachadas preservadas e paro no café que chamar minha atenção.
O cenário é tão fotogênico que Hollywood já usou a rua como locação várias vezes: o piloto de Gilmore Girls foi filmado aqui, e você vai reconhecer a Main Street em séries como Suits e Schitt’s Creek. A sensação é mesmo de cenário pronto de filme.
No outono, o Toogood Pond, ali pertinho, convida para uma voltinha tranquila à beira d’água enquanto as folhas pintam a paisagem em tons ricos de amarelo, laranja e vermelho.
Melhor horário para visitar a Unionville
Vá em um fim de tarde durante a semana: caminhe pela Main Street, dê a volta no Toogood Pond e depois sente para um jantar cedo na própria rua principal, enquanto as fachadas históricas ficam douradas pela luz do pôr do sol.
Dicas
Trate Unionville como um passeio opcional e sem pressa depois de explorar os destaques do centro — é ideal para quem busca algo fora da rota comum.
Comece pelo coreto e percorra a Main Street de ponta a ponta, entrando nos cafés e boutiques conforme o interesse.
Se tiver tempo, faça o circuito do Toogood Pond antes do jantar; leve a câmera — fãs de cinema e TV vão reconhecer as ruas.
23. Dicas de transporte público

Toronto é super viável sem carro.
Para deslocamentos dentro da cidade, use a TTC
Para o aeroporto, o UP Express
Para Niagara Falls e demais cidades da grande Toronto, o GO Transit
E para viagens entre cidades mais distantes, a VIA Rail
A Union Station é o hub que conecta tudo.
Coisas importantes para saber sobre o transporte de Toronto
Circular por Toronto sem carro é direto ao ponto. Para a maioria dos trajetos urbanos, conte com a TTC (metrô, bonde e ônibus). Para conexões mais longas, o sistema se integra sem atritos com o GO Transit, que leva aos subúrbios. O UP Express conecta direto ao aeroporto, e a VIA Rail cobre as rotas intermunicipais. Trens e ônibus são frequentes nos principais eixos, e quase tudo converge para a Union Station no centro.
TTC (Região Metropolitana de Toronto — GTA)
Uma tarifa dá direito a 2 horas de integrações ilimitadas entre metrô, bonde e ônibus — ideal para dias de passeios.
A TTC é um sistema unificado: ao pagar a passagem, você tem uma janela de 2 horas para seguir viagem mudando de modal sem pagar de novo.
Melhor horário para usar o transporte público
Se prefere menos movimento, evite os picos de dias úteis; fim de manhã, meio da tarde e à noite (fora de horários de eventos) são mais tranquilos.
UP Express (Aeroporto ↔ Union Station)
O jeito mais rápido e sem estresse de ir/voltar do aeroporto: 25 minutos entre Pearson e Union, com saídas a cada 15 minutos.
O UP Express chega dentro da Union Station, a poucos passos do metrô.
Vale a pena se você estiver ficando em um hotel próximo à estação Union e estiver com pouca mala.
Melhor horário para usar o UP Express
Perfeito em dias de chegada ou partida quando quiser fugir do trânsito. Uma viagem curta de 25 minutos de carro até o aeroporto pode se transformar em mais de uma hora dependendo do horário!
Dicas práticas
Vai pousar tarde? Os trens continuam frequentes — confira o último horário do dia antes de voar.
GO Transit (Sul de Ontário)
O GO Transit opera trens e ônibus regionais que conectam na Union Station. Use o trem da GO para chegar a Mississauga, Oakville, Hamilton e Niagara Falls.
Melhor horário para usar o GO Transit
Fins de semana são ótimos para passeios; em dias úteis, prefira entre picos para uma viagem mais calma.
VIA Rail (Conforto intermunicipal)
Para trajetos mais longos — Kingston, Ottawa e Montréal — a VIA Rail oferece conforto com Wi-Fi a bordo. Os preços variam bastante: reserve com antecedência para achar as melhores tarifas Economy e sempre verifique a página “Lowest fares” antes de comprar. Eles também oferecem vagão executivo para uma experiência mais confortável.
Melhor horário para usar a VIA Rail
Escolha partidas fora dos picos de deslocamento se quiser vagões mais silenciosos.
Dicas práticas
Compare tarifas com antecedência — os valores podem variar bastante conforme data e horário.
Bilhetes e pagamento
Um retrato rápido de preços para planejar rotas e passes do dia:
TTC: bilhete simples adulto $3,35, inclui janela de uso por 2 horas em uma mesma direção.
UP Express: Pearson ↔ Union a partir de $12,35 (só ida, adulto).
GO Transit: bilhetes variam por distância; mínimo dentro de uma zona tarifária: $4,50.
VIA Rail: tarifas Economy (ex.: Toronto–Montréal) costumam ir de $50 a $250, conforme horário e rota.
Ônibus turístico (Hop-On Hop-Off)
Toronto também conta com ônibus turísticos de dois andares que percorrem os principais pontos da cidade — uma opção para quem deseja ter uma visão geral sem se preocupar com a locomoção. É especialmente útil no primeiro dia, quando a ideia é “mapear” a cidade sem depender de trocas entre metrô, ônibus e bondinho.
A rota conecta ícones como a CN Tower, o Distillery District, a Casa Loma, o Harbourfront e muitos outros.
Os passageiros podem subir ou descer em qualquer parada e permanecer o tempo que quiserem em cada atração.
O circuito completo, sem desembarcar, dura cerca de 2h15, com ônibus circulando a cada 25–30 minutos — sempre sujeito às condições do trânsito.
Os bilhetes são válidos por 24 ou 48 horas, oferecendo flexibilidade para organizar as visitas no próprio ritmo.
24. Internet móvel (opções de eSIM)

A forma mais simples e confiável de ficar conectado em Toronto é com um eSIM instalado antes do voo. Eu uso dois provedores quando viajo mundo afora, e que funcionam muito bem no Canadá, permitem recarga pelo app e cobrem 200+ países — perfeito, seja Toronto apenas uma parada do seu roteiro ou o destino principal.
Planos
Aprendi que internet móvel confiável é a heroína discreta de qualquer viagem tranquila. Hoje, a opção mais prática que encontrei é usar eSIM — dá para instalar antes mesmo de embarcar. Caçar chip físico pré-pago em aeroporto, correr para shopping ou, pior, depender de roaming é coisa de 2010.
Quando viajo, costumo escolher entre dois provedores. Ambos são confiáveis, permitem recarga direto no app, cobrem 200+ países e estão disponíveis em Android e iOS.
Airalo
Provedora consolidada, com base grande de usuários.
Dados sempre têm validade (expiram).
Um novo eSIM por país/região.
No Canadá, os planos vão de 1 GB a 20 GB.
Roamless
Um eSIM global — o mesmo funciona em qualquer país, inclusive no Canadá.
No plano pré-pago “Flex”, os dados não expiram. O que sobrar pode ser usado meses (ou anos) depois (em 2025, há uma taxa anual de US$ 5 para manter a conta ativa).
No Canadá, os planos também vão de 1 GB a 20 GB.
Dicas práticas
Compatibilidade: confirme se o aparelho aceita eSIM e está desbloqueado.
Antes de sair: compre e instale o eSIM no Wi-Fi.
Dual SIM: mantenha seu SIM do Brasil para chamadas/SMS e desative o roaming de dados nele — use o eSIM só para dados.
WhatsApp/iMessage: não precisa mudar nada — deixe como está.
Economia de dados: para fazer o pacote render, desative atualizações automáticas e backups na rede móvel; baixe Google Maps e playlists na memória do celular, para uso offline.
Os preços dos planos são em US$
25. Aluguel de carro em Toronto

Para visitas curtas a Toronto, normalmente não é necessário alugar carro; transporte público e apps de transporte dão conta. Mas se você precisar, abaixo está tudo que importa — reserva, documentos, seguros e um aviso sobre pedágios.
Reserve com antecedência e onde reservar
Fazer a reserva online com antecedência garante preços mais baixos e evita a baixa disponibilidade de carros.
Use comparadores como o Rentcars ou o Rentalcars para encontrar as melhores ofertas, ou reserve direto com as locadoras. O Rentcars, por exemplo, permite comparar várias empresas em poucos segundos.
O que você precisa na retirada
Carteira de motorista válida (a habilitação do Brasil é aceita sem necessidade de tradução ou PID).
Passaporte.
Cartão de crédito para a caução (pré-autorização). As locadoras aceitam cartões brasileiros desde que sejam emitidos por bandeiras internacionais como Visa, Mastercard ou American Express.
Custos e seguros
É altamente recomendável contratar o seguro básico contra colisão e roubo (Collision Damage Waiver / Loss Damage Waiver — CDW/LDW).
Os extras opcionais (como proteção contra riscos, vidros ou parte inferior do carro) costumam ser caros e geralmente não valem a pena — as poucas vezes que contratei seguro para esses extras opcionais foi devido ao trajeto ou contexto da viagem.
Dirigindo em Toronto
A rodovia 407 ETR é pedagiada de forma totalmente eletrônica; a cobrança vai direto para a sua locação, e você paga no balcão quando devolver o carro.
26. Seguro viagem (Você Precisa de Seguro Viagem Para o Canadá?)

Resposta curta: sim — faça o seguro. O sistema público de saúde do Canadá não cobre gastos de visitantes, e até uma emergência básica pode sair caro. Uma apólice simples costuma custar pouco quando comparada às possíveis contas médicas ou a imprevistos na viagem.
Por que o seguro vale a pena
Minha sugestão é que você considere o seguro-viagem ao vir para Toronto. A saúde no Canadá é gratuita para cidadãos, mas extremamente cara para visitantes — uma consulta de emergência pode custar de $300 a $1.000. O seguro é um “paraquedas” que protege você dos grandes sustos que ninguém quer encarar nas férias.
Emergências médicas no exterior (consultas, hospital e dentista aqui são caros).
Atrasos ou cancelamentos de voos que bagunçam o roteiro.
Bagagem perdida, atrasada ou danificada.
Cancelamentos de última hora por doença ou outros imprevistos.
O que geralmente está coberto
Atendimento médico e hospitalar de emergência.
Indenização por perda ou atraso de bagagem.
Reembolso por interrupção ou cancelamento da viagem.
O que costuma ficar de fora
Condições médicas preexistentes (salvo se declaradas e aprovadas).
Atividades de alto risco (esportes radicais, turismo de aventura etc.).
Como contratar
Verifique se o seu cartão de crédito já oferece seguro-viagem.
Caso não, contrate uma apólice independente — é acessível: planos para o Canadá costumam começar em torno de $20 por dia (o valor varia conforme a duração da estadia).
Compare preços e coberturas em sites confiáveis como Compara Online ou Comparar Seguro Viagem.
Dicas práticas
Tenha sempre o comprovante da apólice (digital e impresso).
Salve os telefones de emergência no celular.
Compre com antecedência — costuma sair mais barato do que deixar para a última hora.
Toronto te espera!

Toronto é um mundo inteiro dentro de uma única cidade. Depois de tantas dicas, espero ter ajudado você a decidir o que fazer em Toronto na sua próxima visita!
Se você quer uma viagem sem estresse e feita sob medida — especialmente em períodos de alta demanda, como no verão ou nos seis jogos da Copa do Mundo da FIFA 2026 que Toronto vai sediar — eu posso ajudar.
Eu planejo passeios e experiências personalizadas que misturam os grandes ícones com descobertas que você dificilmente encontraria por conta própria, sempre no seu ritmo, de acordo com seus interesses e as memórias que você quer levar para casa.
Toronto já me deu tantas histórias ao longo dos anos e eu adoraria que você criasse as suas. Quando estiver pronto, fale comigo — será um prazer planejar sua viagem.
